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    Taxa fixa ou variável: O que escolher?

    16 set 2019
    Tempo de leitura: 3 Minutos
    Taxa fixa ou variável: O que escolher?

    Quando faz um pedido de crédito habitação ou quando utiliza um Simulador de Crédito Habitação, qual a taxa de juro que deve escolher, taxa fixa ou variável?

    Se ainda não se sente suficientemente esclarecido para tomar esta decisão, descubra a diferença entre estas duas taxas de juro.

    Taxa de Juro Variável

    Arriscar pode frequentemente resultar em duas situações distintas: ter uma boa surpresa ou então um sabor amargo. E ter um crédito habitação com taxa de juro variável pode representar exatamente a mesma coisa.

    Ter um crédito habitação com uma taxa de juro variável implica que a taxa de juro desse empréstimo possa variar durante a vida do empréstimo.

    Como o indexante utilizado em Portugal é normalmente a Euribor, isso significa que a taxa de juro e, consequentemente, a prestação podem ser revistos em cada período de revisão, sendo os mais comuns de 3, 6 ou 12 meses.

    Assim, se o empréstimo for contratado com Euribor a 6 meses a taxa de juro poderá variar de 6 em 6 meses.

    Uma taxa de juro indexada como a Euribor varia diariamente e em função dos mercados. O resultado é que o que acontece na economia europeia e, sobretudo, com a evolução da inflação, acaba por afetar a evolução e o valor desta taxa de juro.

    Assim, em contextos de menor crescimento económico a Euribor tende a ter comportamentos de descida e de valores mais baixos. Por outro lado, quando a economia começa a crescer e é preciso travar o crescimento da inflação, aí a Euribor acaba por ter uma tendência de subida. O mesmo sucede com a prestação se optar por uma taxa de juro variável.

    O resultado é que com uma taxa variável é impossível saber ao certo o que vai acontecer no período de revisão seguinte. É uma incerteza, que umas vezes traz bons resultados e outras, períodos de alguma ansiedade e amargura.

    Taxa de Juro Fixa

    Jogar pelo seguro: a boa surpresa é não ter surpresas. Ter um empréstimo indexado a uma taxa de juro fixa garante, desde logo, que durante o período contratado não há lugar a qualquer revisão da taxa de juro e que esta se vai manter no mesmo valor durante o período contratado, independentemente das oscilações do mercado.

    Em Portugal os prazos de taxa de juro fixa variam entre períodos curtos de apenas alguns anos (2, 5 ou 10 anos) até períodos mais longos (20, 25 ou 30 anos o que poderá corresponder à duração total do empréstimo).

    No período de taxa fixa a prestação não se altera, sob nenhuma condição. Não há nada que possa acontecer nos mercados financeiros que afete o valor da taxa de juro e da prestação.

    Por isso - e esta é a grande vantagem de uma taxa de juro fixa – com esta opção de taxa de juro é possível saber exatamente o valor da prestação do crédito habitação durante o período de taxa fixa contratado.

    Não haverá qualquer surpresa. Mas claro que esta segurança tem um preço: é que a taxa de juro fixa tem habitualmente um valor mais elevado quando comparado com a taxa de juro variável.

    Na verdade, esta comparação apenas se pode fazer para o período inicial do empréstimo pois não é possível saber qual o seu valor das taxas de juro variáveis nos próximos anos, quanto mais para a duração total do empréstimo.

    Em resumo, para quem gosta de arriscar e jogar com as condições do mercado a taxa de juro variável parece ser a opção adequada. Para quem valoriza a segurança e prefere jogar pelo seguro, a taxa de juro fixa pode trazer a certeza e a tranquilidade que tanto valoriza.

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