O início de um crédito habitação é, muitas vezes, um processo complicado. Por isso, deixamos algumas dicas de crédito habitação que vão ajudar neste processo.
No dia a dia não há muitas oportunidades para testar conhecimentos sobre crédito habitação. Afinal de contas, é um processo com o qual nos deparamos uma ou duas vezes na vida.
Felizmente o crédito à habitação já não tem de ser complicado.
Hoje aceder à informação é mais simples e rápido e é exatamente esse o ponto central deste artigo: dar-lhe a informação que precisa para tornar o seu empréstimo habitação mais simples. Desde o primeiro momento.
Fique com 6 dicas crédito habitação que lhe vão ser muito úteis, se está neste momento a tratar do seu crédito para comprar casa.
1. Comece por um simulador de crédito habitação
Nada melhor, quando está a dar os primeiros passos no seu empréstimo habitação, do que explorar um simulador de crédito habitação, onde pode facilmente experimentar diferentes cenários e perceber que opções são mais viáveis para si.
Pode simular cenários com diferentes valores de empréstimo, diferentes prazos, diferentes tipos de taxas, e perceber que impacto essas mudanças têm na sua prestação mensal e no valor total que irá pagar pelo empréstimo.
Assim, poderá até definir intervalos de preço para a casa que quer comprar.
Quer saber como analisar uma simulação de Crédito habitação?
2. Escolha o melhor prazo de crédito habitação para si
Um dos mitos do crédito à habitação é que quanto maior for o prazo, melhor.
De facto, um prazo maior vai-lhe permitir ter uma prestação mensal mais baixa, mas isso tem consequências: isto porque, quanto maior for o prazo, mais tempo ficará a pagar juros, o que significa que estará a pagar mais pelo mesmo dinheiro. Para além de que, um prazo maior implica um maior risco, o que quer dizer que o seu crédito habitação se poderá manter durante a reforma, em que é mais provável que a sua situação financeira se altere.
É por isso que o Banco de Portugal, com o intuito de proteger os clientes, nas suas recomendações macroprudenciais, determinou que até 2022, o prazo médio do crédito habitação se deverá situar nos 30 anos.
O ideal é encontrar o seu ponto de equilíbrio e, dentro das suas possibilidades, optar por um prazo o mais curto possível, para garantir que paga menos pelo seu empréstimo e que fica livre desta obrigação o mais cedo possível.
3. Spread mais baixo não é sinónimo de menores custos
O spread é apenas a taxa cobrada por uma instituição para emprestar um montante e não reflete todos os custos que lhe serão cobrados.
Tenha isto bem presente quando analisa o seu crédito habitação e não escolha olhando só para um custo, ignorando todos os outros.
Juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos fazem parte da balança para escolher a melhor opção e, por isso mesmo, deve ter em especial consideração uma das próximas dicas crédito habitação.
4. Compare o MTIC e a TAEG
Para escolher a melhor proposta de crédito habitação é importante que considere o MTIC e a TAEG, que lhe permitem ter uma maior noção da totalidade dos custos que o seu empréstimo terá.
O MTIC, que significa Montante Total Imputado ao Consumidor, para além do montante do empréstimo, considera todos os outros custos associados ao crédito habitação (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos) que serão pagos ao longo do empréstimo.
Já a TAEG ou Taxa Anual Efetiva Global tem também em conta as comissões bancárias pagas (comissão de abertura, de formalização, de avaliação, por exemplo), os juros, as despesas (impostos e emolumentos de registo da hipoteca) e os custos dos seguros associados (como o seguro multirriscos do imóvel e o seguro de vida).
5. Não escolha o seu banco só para não ter de abrir uma nova conta
Um dos principais atrativos de fazer o crédito habitação com o seu banco atual é não ter de abrir uma nova conta noutro banco e fazer a domiciliação de ordenado, o que, para além da burocracia, pode implicar alterar faturações de serviços e outras complicações.
Mas essa vantagem baseia-se na ideia errada de que não existem alternativas no mercado e que para uma entidade lhe conceder crédito habitação terá de abrir uma conta nessa instituição financeira.
Com a UCI só tem de se preocupar com o crédito habitação, não sendo obrigado a abrir novas contas, o que lhe permitirá manter a sua conta habitual, sem ter chatices adicionais.
6. Perceba o que significa ter uma taxa fixa, mista ou variável para o seu crédito habitação
Não há uma resposta certa para a pergunta “qual o melhor tipo de taxa?”. Tudo depende daquilo que é mais importante para si. O fundamental é perceber exatamente o que significa cada uma das taxas.
Taxa Fixa: Se privilegia a segurança para o crédito habitação, a taxa fixa pode ser a melhor opção para si. O valor da prestação será sempre o mesmo durante todo o empréstimo e saberá sempre com o que pode contar.
Taxa Variável: Implica um risco maior, porque poderá pagar menos em alguns meses e mais nos outros. Neste caso, o seu crédito habitação estará sujeito às oscilações do mercado e da Euribor. Não é certo que pagará mais vezes menos que mais, pois a variabilidade traz essa incerteza. É uma opção para quem não se importa de estar dependente das flutuações do mercado.
Taxa Mista: Não é mais do que uma combinação das taxas anteriores, tendo um período em que a taxa é fixa, e outro em que é variável, o que lhe permite conciliar uma fase de maior segurança, em que a sua prestação permanecerá inalterada, com outra em que o valor vai acompanhando a evolução do indexante. Percebendo o que cada taxa implica, defina o que é mais importante para si e tome uma decisão.
Ainda tem dúvidas? A UCI Explica: as Taxas de Juro!
Conclusão
Comprar casa é um processo desafiante, mas pode ser mais simples se estiver bem informado.
Saber decifrar os acrónimos, siglas e entender a “linguagem financeira” do crédito habitação é o primeiro passo para tomar decisões conscientes.